Som na Caixa

Meus outros cantinhos

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domingo, novembro 22, 2015

Encontro e Desejo



Estou aqui parada e vejo esse teu andado, essa ginga, essa malícia vindo rebolando ao longe, esse requebrado que quebra todo e qualquer tipo de resistência que eu poderia imaginar ter. Seu jeito marrento, seus olhos atrevidos que quando cruzam com o meu, me dilaceram ao abrir esse sorriso fúlgaz e safado em minha direção. Tu se aproximas, ainda mantenho-me imóvel com o restinho de sensatez que me sobra... Seu cheiro me inebria, penetra em meus porós, misturando-se ao sangue que corre em minhas veias. Sinto perder meus sentidos e aí já era! Adeus sanidade, vou mergulhar na minha loucura e vou mergulhar fundo... Tua nuca nua pelo cabelo preso em um coque bagunçado é o ponto perfeito para eu iniciar esse nosso contato... Sinto sua pele arrepiar, então com jeito e firmeza te puxo para perto de mim, conseguindo escutar um gemido falho acompanhado com um mordida no lábio... Lábios esses que desejo sedentemente devorar como se fosse a última coisa a fazer antes de desfalecer sob o teu corpo. E que corpo!!! Passeio as mãos devagar, desvendando pelo meu tato cada pedaço ainda intacto... Que pele macia, que tez branquinha! Olho no olho, mão em seu corpo, vou descendo devagar desejando chegar no ponto principal e inicial. Teu olhar me encara, meu olhar te devora, sua mão acompanha meu toque, tenta barrar, mas logo cede, sua libido já não te deixa mais responder ... Essa é hora, quero sentir o calor que vem de dentro de você! Suas pernas bambeiam, meu corpo incendeia, te carrego em meu colo para o ninho que vai ser nosso, resplandecendo um prazer que é capaz de fazer qualquer dia amanhecer.

- Lyka'B

sábado, agosto 02, 2014

Divagando



"Mais que os meus lábios...
Mais que as minhas palavras...
Mais que minha boca...
Mais que minhas mãos...

Falam.
Explicam.
Devoram.
Passeiam.
Brigam. 
Reprovam. 
Reclamam. 
Desejam. 
Despem. 
Esquentam. 
Derretem. 
Choram. 
Escurecem. 
Iluminam. 
Seguem. 
Despistam. 
Silenciam. 
Gritam. 
Afastam. 
Negam. 
Aceitam. 
Pedem. 
Suplicam.

Ah, esses olhos meus, tão teus..."

- Giselle F. (Cada dia mais sou fã das palavras dela! *-* E muito mais que nossos lábios, palavras, boca e mãos, os nossos olhos dizem tudo e sempre falam por nós antes de tudo!)

terça-feira, fevereiro 04, 2014

Quando Fui Chuva - Maria Gadú

Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança, os meu traços de chuva

E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser sua
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim, no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim, no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver

Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca

E mesmo que em ti me perca,
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela.